O inventor do Papa Figos

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O inventor do Papa Figos

“O inventor do Papa Figos” é uma representação de uma observação própria de um papa-figos em faiança, vidrado e decorado segundo o uso da tradição da técnica manual de vidração por um mergulho e da pintura manual sobre vidro.
Enobrecido por um ramo em latão natural, fundido segundo o processo de fundição manual em molde de areia. Peça puramente decorativas. A peça é feitas à mão, podendo apresentar pequenas variações.

A embalagem é feita em cartão microcanelado, que contém a ilustração e a sinopse do conto “O inventor do Papa Figos”, feitas exclusivamente para esta peça. Conteúdos em português e inglês.

Com as seguintes medidas: Papa Figos com ramo em latão oxidado com 200x120x140 mm e 370 gr.

Fotografia © Laboratório d’Estórias

Disponível por encomenda a fornecedor

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“Contar a história de um Portugal diferente”, é com este espírito que, em Junho de 2013, surge o Laboratório d’Estórias: um espaço experimental de design que pretende inspirar-se nas estórias da cultura popular portuguesa para reinventar objectos tradicionais, utilizando-os para contar novas estórias — e, porque não, para recriar a própria história do país.

Neste Laboratório, até a técnica conta uma história – e esta leva-nos ao início do séx. XIX, mais concretamente entre 1820-1853, onde uma ceramista chamada Maria dos Cacos se viria a tornar na primeira de uma longa tradição de barristas e oleiros caldenses. Pouca informação há sobre o assunto; mas da sua fábrica de cerâmica sairiam tigelas, barros, garrafas e paliteiros, banhados em vidrados verdes e cor de mel com escorridos, que se terão tornado populares e vendidos nas feiras de todo o país.

Nos dias de hoje, com o encerrar de várias fábricas nas Caldas e um processo de fabrico de loiça cada vez mais industrializado, essa técnica ancestral é uma estória que ameaça perder-se para sempre. E é na tentativa de preservar este saber que o Laboratório d’Estórias encontra também uma razão de ser, recuperando e valorizando as técnicas de pintura do final do séc. XIX e inícios do séc. XX e a vasta tradição de técnica manual das Caldas da Rainha; mas, ao mesmo tempo, não pondo de parte a possibilidade de ir buscar inspiração em outras técnicas, talvez para contar outras estórias.

Quem conta um conto, ilustra um ponto. Os objectos surgem assim como memoriais, provas físicas de uma história que nunca existiu. Mas os autores do projecto não pretendem ser os únicos a contá-la: ao convidarem ilustradores nacionais e até o próprio público para acrescentar valor ao produto final com as suas interpretações, conto e imagem tornam-se parte integrante dos objectos reinventados, levando-os muito mais além do que o seu propósito meramente decorativo ou funcional.
No final, cada peça é em si uma estória única e dinâmica, pronta a ser descoberta. Do seu conjunto surge a mais-valia de uma colecção que funde a realidade com o mito, a tradição com a fábula; mas, acima de tudo, que dá largas à nossa imaginação, lançando um olhar fresco e irreverente sobre os ícones adormecidos da cultura popular portuguesa; objectos para dentro e para fora, que procuram contar uma outra história de Portugal.